Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
(...)
Álvaro de Campos
Um lindo texto, Marcinha! Um convite à ousadia! Sim, porque se não ousarmos nos atirar no escuro, no imponderável; se não nos lançarmos às hipóteses bem ou mal formuladas; se não optarmos pelos riscos, então jamais saberemos o amanhã, com o gosto do amanhã. Permaneceremos regurgitando o ontem...
ResponderExcluirCarinhoso abraço.